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quinta-feira, 1 de novembro de 2007

SEGUROS: Setor volta a atrair investimentos

Da Gazeta Mercantil

Setor volta a atrair investimentos

Boston (EUA), 1 de Novembro de 2007 - Brasil, México, Chile e Colômbia estão entre os mais promissores para receber recursos. "O Brasil é o País mais bem sucedido da região. Os indicadores econômicos são estáveis e a economia está crescendo. Está muito melhor do que se esperava", disse Alan Greenspan, ex-presidente do banco central dos Estados Unidos, em palestra proferida na Conferência Internacional da Limra, realizada em Boston, Estados Unidos. Isso faz com que os olhos dos investidores estrangeiros interessados em seguro de vida e previdência privada, ambos produtos financeiros de longo prazo, se voltem para Chile, México, Colômbia e Brasil, países que neste ano geraram várias notícias de aquisições de seguradoras. "Num ambiente estável, como se mostra o Brasil, por exemplo, com mudanças nas regras do seguro de vida e abertura do mercado de resseguro, acredito que assistiremos a um grande movimento de compras e entrada de recursos de estrangeiros", disse Angel Moreno, consultor da Limra. Tal movimento já acontece nos bastidores. Semana passada, por exemplo, Bill Topetta, CEO da Metlife, uma das maiores seguradoras de vida dos EUA, esteve no Brasil e suas visitas geralmente são seguidas de anúncios de compra.

O crescimento do segmento de seguro nos países latinos é uma aposta unânime entre os executivos que participaram da Conferência Latino-Americana da Limra nos dias 30 e 31 de outubro. Todos os países da região passam por reestruturação no arcabouço regulatório, visando normas internacionais embasadas nas regras de Solvência II. Sem normas globais, dificilmente o investimento estrangeiro virá para uma região onde eles já perderam muitos milhões de dólares em diversas crises financeiras.

Além do crescimento da economia dos países e das mudanças na legislação, aposta do setor está embasada no fraco consumo de seguro até agora. O consumo per capita de seguro da América Latina é de apenas US$ 120, muito abaixo da média dos países desenvolvidos, que supera US$ 1 mil.

Mas para conseguir crescer, as seguradoras da região precisam desenvolver produtos para todas as camadas da população e aprimorar os diversos canais de distribuição. "Neste novo cenário de estabilidade e mudanças de regras é preciso também uma atitude para manter a rentabilidade e o interesse do acionista em aportar recursos no setor", alertou Robert Kerner, da Limra International, entidade dedicada a estudos para o setor de seguros de pessoas.

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